segunda-feira, abril 29, 2024

Escolas

Colégio Ser de Taboão da Serra: Juntos contra o bullying, construindo uma cultura de respeito e conscientização

Por Beatriz Maxwell, redatora do Colégio Ser

Nesta semana vamos falar sobre o bullying. Este é um assunto muito sério e que deve ser sempre lembrado e tratado com muita atenção, pois a participação dos pais na vida escolar dos filhos e o olhar atento do colégio para com seus alunos faz total diferença nesse sentido, para que este mal seja combatido/evitado.

O bullying, no sentido geral, é uma palavra de origem inglesa que caracteriza os atos de agressão e intimidação repetitivos contra um indivíduo, geralmente em fase escolar. A vítima pode sofrer violências gratuitas e sem motivo aparente, sejam elas físicas, verbais ou psicológicas, e que causam sofrimento, intimidação e marcas profundas até a fase adulta.

Quando alguém está passando por uma situação como essa, é frequente a queda no rendimento escolar, ausência nas aulas, isolamento social e em alguns casos, até evasão, pois geralmente o agressor estuda na mesma sala/escola. Algumas vítimas podem também acreditar que merecem passar por isso, pois não entendem o real motivo das agressões, e por seus agressores não serem punidos como deveriam e continuarem agindo sem serem responsabilizados pelos seus atos.

Lembrando também que o bullying pode ocorrer na internet, com o nome de cyberbullying. Ele pode ocorrer de forma discreta, utilizando-se da tecnologia, como redes sociais, e-mails e mensagens de texto, perseguindo e intimidando da mesma maneira suas vítimas. Os pais e responsáveis devem estar sempre vigilantes e supervisionar o uso dessas ferramentas, intervindo se perceberem algo preocupante.

De acordo com dados da última Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE) de 2019, mais de 40% dos adolescentes informaram ao Instituto Brasileiro de Geografia (IBGE) já terem sofrido com a prática de bullying em algum momento, dentro do ambiente escolar, com provocações, xingamentos e intimidações rotineiras.

As vítimas são sempre indivíduos que são percebidos como diferentes ou vulneráveis de alguma forma. Isso inclui aparência, habilidades, interesses, origem cultural ou orientação sexual, pessoas com deficiência, com diferença de peso, vulnerabilidade social e assim por diante. São sempre agressões recorrentes, intencionais e de desequilíbrio de poder (uma pessoa mais “forte” e outra mais “fraca”).

Educar alunos, pais, professores e funcionários de escolas sobre os efeitos do bullying é fundamental. Os impactos negativos podem ser profundos e duradouros, levando a problemas de saúde mental, baixa autoestima, isolamento social e até mesmo pensamentos suicidas. Ao aumentar a conscientização sobre essas consequências, é possível incentivar uma cultura de empatia, respeito e apoio mútuo dentro da comunidade escolar.

Por essa razão, promover uma cultura de denúncia e apoio dentro da escola é importantíssima, já que as vítimas de bullying muitas vezes se sentem isoladas e com medo de buscar ajuda, além do esforço coletivo, trabalhando juntos para reconhecer, prevenir e combater o bullying. Só assim poderemos criar um ambiente escolar onde todos se sintam valorizados, respeitados e seguros.

No Colégio Ser, os alunos contam com todo o apoio e a compreensão de nossas orientadoras pedagógicas nos quatro ciclos, que os acompanham em suas rotinas e estão sempre de portas abertas quando surgem conflitos dos quais eles não conseguem resolver, desejando sempre que os estudantes tornem-se a melhor versão deles ao decorrer do ano letivo. O acolhimento nesse sentido é o grande diferencial.

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Escolas investem em disciplinas sobre o uso seguro da internet

A disciplina de Cidadania Digital já está em 159 escolas, de 116 municípios. A ONG Safernet percebeu que capacitar os professores era urgente e montou, em parceria com o governo do Reino Unido, projeto que dá treinamento e material didático a professores.

Por todo o Brasil, escolas estão investindo em disciplinas sobre o uso seguro da internet.

O bullying é um drama da adolescência. O problema em si não é novo, mas o mundo digitalizado em que os adolescentes vivem criou agressões coletivas online.

“Eu não consigo controlar os números de pessoas que estão vendo meu vídeo. E aí chega muita gente, eu fico tipo ansiosa com isso. Não consigo apagar todos os comentários, não consigo nem ler todos os comentários”, diz Ash Ildefonso, 18 anos.

O efeito é devastador.

“Eu jamais achei que eu poderia sofrer o bullying do jeito que eu sofri. Eu fiquei assustada, porque a gente não sabe como que é. Ali, a minha cabeça se transformou. Então, eu parei de comer, eu parei de me alimentar, eu parei de beber água, eu parei de dormir”, diz Letícia Silveira, 16 anos.

Para ser bem realista, não dá para imaginar um futuro próximo onde a gente não veja mais a cena de adolescentes nas redes sociais. Em uma escola de São Paulo, essa nem é a intenção. Se os alunos querem ser geradores de conteúdo digital, por que não ensinar os meninos e meninas a fazer isso de uma forma mais consciente? Por que não transformar isso em uma disciplina? Uma matéria, para ser dada dentro da sala de aula?

Essa foi a ideia foi do professor Willams Valverde, mas ele não esperava o retorno que teve.

“Surpreende, porque a gente não acredita que essas crianças ficam tanto tempo caladas, passando por esses desafios, né? Por esses ataques calado, e aí de repente dentro da eletiva, eles trazem esses depoimentos a ponto de assustar bastante”, diz o professor Willams Valverde.

A escola estadual ainda deu a sorte de ter como vizinha uma agência que também trabalha com criação de conteúdo digital. Os sócios se juntaram ao professor e juntos fazem a aula mais concorrida do colégio. Uma espécie de curso para influencer consciente.

“Tá ridicularizando, tá rebaixando a pessoa? Deleta, bora pra próxima. Não tem por que passar pra frente”, diz um dos professores.

Mas nem todas as escolas recebem um apoio assim da comunidade. E a ONG Safernet percebeu que capacitar os professores era urgente. Montou, em parceria com o governo do Reino Unido, o projeto que dá treinamento e material didático aos professores.

“A gente quer evitar que a violência aconteça. Então durante essas aulas os professores vão poder levar para os alunos discussões para pensar coisas como ‘como eu vejo meu próprio corpo’, ‘a comparação social’, ‘como os conteúdos que eu acesso na internet podem afetar minha saúde física, a minha saúde mental’”, diz Guilherme Alves, gerente de projetos da SaferNet Brasil.

A disciplina de Cidadania Digital já está em 159 escolas de 116 municípios. Os alunos da professora Alyne Castro, de uma escola em Fortaleza, são alguns dos mais de 11 mil atendidos pelo país.

“Hoje a gente vai começar a falar sobre bem-estar na internet. Nessas duas aulas, a gente vai se questionar primeiro: ‘quem sou eu na internet?”, diz a professora.

Em Fortaleza ou São Paulo, o resultado foi bem parecido. Adolescentes mais preparados para os riscos nas redes e até conscientes sobre a dor que podem causar.

“Tinha pessoas que não tinham conhecimento sobre o cyberbullying e como ele vinha. Então tem muita gente que está aprendendo e que está amadurecendo junto com isso”, diz Andressa Vitória de Araujo, 16 anos.

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Projeto amplia ações de combate ao bullying nas escolas municipais

O combate ao bullying ganha reforço com ações estratégicas nas escolas da rede municipal de Vila Velha. Com o lançamento da campanha “Extraordinário é viver sem bullying”, como parte da agenda pedagógica do ano letivo 2024, a Secretaria de Educação da Prefeitura de Vila Velha (Semed) está promovendo uma série de atividades para reforçar o respeito à diversidade e valorizá-la, propiciando um ambiente escolar cada vez mais positivo, respeitoso e seguro.
 
Durante esta semana, estão programados encontros quarta (24) e sexta-feira (26), para alunos do turno vespertino, respectivamente na UMEF Joffre Fraga, localizada em Vale Encantado, e na UMEI Diretora Belycarlla Rodrigues Juniar, em São Conrado.
 
A iniciativa contempla dinâmicas de grupo, exercícios de técnicas de atenção plena, rodas de conversa, palestras, círculos de paz, sensibilização por meio de filmes, livros e outros recursos pedagógicos, com abordagens específicas adequadas à cada faixa etária e nível de ensino, contemplando a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e a Educação de Jovens e Adultos (EJA).
 
De acordo com a secretária de Educação de Vila Velha, Tatiana de Castro Nogueira, com esse projeto em rede, o combate ao bullying ganha uma dimensão institucional, articulada e obrigatória em todas as escolas municipais, com toda a orientação e suporte da Semed.
 
“Esse projeto é um passo decisivo no enfrentamento ao bullying na rede municipal. Começamos com a sensibilização das equipes pedagógicas e produzimos um material orientador com a proposições de inúmeras ações. Todas as 114 escolas de Vila Velha trabalharão o tema ao longo do ano”, enfatizou.

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Texto: 
Laiz Fidalgo

Foto: Assessoria

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Cresce número de notificações sobre bullying nas escolas

Aproximadamente 6,7 milhões de estudantes sofreram algum tipo de violência na escola no último ano

Antes, a Lei 13.185, de 2015, que instituiu o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, previa a figura do bullying, mas não estabelecia punição específica – Divulgação

Do Portal Verdade

7 de abril é Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola. A data instituída pela Lei 13.277, em 2016, lembra o “massacre do Realengo”.

Cinco anos antes, em 2011, um ex-estudante da Escola Municipal Tasso da Silveira, localizada no município do Rio de Janeiro, retornou ao colégio armado com dois revólveres e disparou aleatoriamente contra os alunos.

Foram contabilizados 22 feridos, com idades entre 13 e 15 anos. Entre eles, 12 mortes. Em carta deixada pelo atirador, então com 23 anos, ele relata bullying sofrido à época em que frequentava a escola.

E os dados continuam alarmantes. Levantamento do DataSenado aponta que cerca de 6,7 milhões de estudantes sofreram algum tipo de violência na escola no último ano – o número representa 11% dos quase 60 milhões de estudantes matriculados no país. Considerando registros em cartórios, foram identificadas mais de 121 mil notificações em 2023.

Paraná acima da média

Já informações do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, observaram que a percepção sobre a incidência de casos de violência por professores e diretores no cotidiano das escolas também aumentou (37,6%).

No Paraná, o percentual de escolas com registros de bullying, ameaças ou ofensas verbais foi de 47,3%. O índice ficou 10% acima da média nacional.

A pedagoga Jaqueline Kelly Bueno da Silva reforça que o enfrentamento de casos de bullying requer o desenvolvimento de ações formativas com todos os sujeitos participantes do processo de ensino aprendizagem, afastando-se, portanto, de visões “policialescas” sobre o tema.

“Com o aumento de ataque às escolas no país é comum, as pessoas associarem o combate à violência com medidas mais autoritárias e imediatistas como a inclusão de policiais dentro das instituições. Este medo é legítimo, porém, o que vemos é que a médio e longo prazo elas não resolvem o problema. É urgente que haja investimento na criação de políticas e programas que visem conscientizar todo o corpo docente, de funcionários, estudantes sobre as consequências da intimidação e demais violências na vida dos alunos, que tendem a ser duradouras, inclusive”, alerta.

“Para que haja a efetiva aprendizagem, a escola precisa ser um espaço de acolhimento e segurança. Diversas pesquisas apontam para os efeitos que as violências têm na trajetória escolar, destacando que o abandono dos estudos podem ter como motivação esta tentativa de fugir do constrangimento”, acrescenta.

Nova lei tipifica crimes

Em janeiro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou Lei nº 14.811, que estabelece medidas para reforçar a proteção de crianças e adolescentes contra a violência, principalmente, nos ambientes educacionais.

A regulamentação institui a Política Nacional de Prevenção e Combate ao Abuso e Exploração Sexual da Criança e do Adolescente e promove alterações significativas no Código Penal, na Lei dos Crimes Hediondos e no Estatuto da Criança e do Adolescente, criminalizando, por exemplo, as práticas de bullying e cyberbullying.

A norma inclui a tipificação das duas práticas no Código Penal. Bullying é definido como “intimidar sistematicamente, individualmente ou em grupo, mediante violência física ou psicológica, uma ou mais pessoas, de modo intencional e repetitivo, sem motivação evidente, por meio de atos de intimidação, de humilhação ou de discriminação, ou de ações verbais, morais, sexuais, sociais, psicológicas, físicas, materiais ou virtuais”. A pena é de multa, se a conduta não constituir crime mais grave.

Já o cyberbullying é classificado como intimidação sistemática por meio virtual. Se for realizado por meio da internet, rede social, aplicativos, jogos on-line ou transmitida em tempo real, a pena será de reclusão de dois a quatro anos, e multa, se a conduta não constituir crime mais grave.

Antes, a Lei 13.185, de 2015, que instituiu o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, previa a figura do bullying, mas não estabelecia punição específica para esse tipo de conduta, apenas obrigava escolas, clubes e agremiações recreativas a assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e constrangimento repetitivo.

Edição: Pedro Carrano

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Escola de Maceió cria cartilha anti-bullying para combater agressões nas salas de aula

Com o tema “Não faça Bullying, faça amigos”, o material foca na conscientização da comunidade escolar sobre a prática que é uma forma de violência e pode ter consequências graves

Neste domingo, 7 de abril, é celebrado o Dia Nacional do Combate ao Bullying, criado em 2016 com o objetivo de conscientizar e prevenir todos os tipos de desrespeito e abuso no ambiente escolar. Em Maceió, a Escola Municipal Doutor Baltazar de Mendonça, localizada no bairro do Jacintinho, tomou mais uma iniciativa na luta contra essa prática e desenvolveu uma cartilha para abordar o tema de forma didática e lúdica com os alunos, promovendo debates e troca de experiências com toda a comunidade escolar.

Na cartilha “Não faça Bullying, faça amigos”, as crianças entendem o que é o Bullying, como ele acontece e como identificá-lo, através de leituras dinâmicas com imagens e jogos pedagógicos. O material será distribuído para toda a comunidade escolar, para que os pais também tenham acesso às informações.

O objetivo do produto didático é desnaturalizar o Bullying, instruindo a comunidade escolar didaticamente sobre a prática e discutindo o seu enfrentamento, como explica a psicopedagoga Verônica Barboza.

“Com essa iniciativa, nossos alunos e suas famílias vão ter um material para instruí-los a identificar e lidar com situações de agressão. Queremos envolver os pais cada vez mais nessa causa, porque o combate ao Bullying começa dentro de casa”, lembrou.

A cartilha foi mais um degrau avançado de um trabalho que já vem sendo realizado na escola Baltazar de Mendonça, como explica a diretora Silvia Vasconcelos.

“Nós estamos muito orgulhosos do material que produzimos. A cartilha surgiu para somar forças às atividades anti-bullying que já realizamos. Desde o ano passado nós estamos realizando reuniões pedagógicas e projetos sobre respeito às diferenças e de prevenção ao Bullying”, relembrou.

Para os pais, o manual é mais um passo importante para proteger as crianças de situações de Bullying e preconceito, como destaca Thamara Santiago, mãe da aluna Israelle Santiago, que passou por uma situação de racismo.

“Eu achei muito legal e interessante o conteúdo. As crianças vão levar pra casa, os pais vão ver e também vão entender como lidar com essas situações. O combate ao bullying é feito também em família, e precisamos ser amigos dos nossos filhos e prestar atenção em como acolhê-los”, declarou.

SEMED

Secretaria Municipal de Educação

Rua General Hermes, 1199 – Cambona
CEP 57017-201 // Telefone: (82) 3312-5608
Horário de atendimento: segunda a sexta, de 8h às 14h.


Clara Canuto (estagiária)/AscomSemed
07/04/2024 

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Internet levou o bullying para fora da escola e agora ele não tem hora para parar, afirma especialista

Assédio foi potencializado pelas redes sociais e atinge 11% dos jovens entre 11 e 15 anos

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https://noticias.r7.com/record-news/videos/internet-difundiu-o-bullying-para-fora-das-escolas-e-sem-hora-para-parar-afirma-especialista-28032024

Segundo dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), uma a cada seis crianças é vítima de cyberbullying. Para Gustavo Torrente, especialista em tecnologia e professor da Fiap (Faculdade de Informática e Administração Paulista), dizer que “na minha época não tinha bullying” é uma “grande mentira”. Ele explica que o crime acontecia, mas era limitado aos muros e horários da escola. Agora, o cyberbullying ocorre 24 horas por dia e em qualquer lugar.

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