segunda-feira, abril 29, 2024

Bullying

Escola de jovem que morreu após bullying tem relato de mais um caso de violência

A Escola Estadual Professor Júlio Pardo Couto, na Praia Grande, no litoral paulista.| Foto: Reprodução/Instagram E. E. Prof. Júlio Pardo Couto

Após a morte do estudante Carlos Teixeira, a Escola Estadual Júlio Pardo Couto, localizada na Praia Grande, no litoral paulista, teve mais uma denúncia de violência e bullying nesta segunda-feira (22). Ao site G1, Tatiane Boeno, mãe de um adolescente de 14 anos, afirmou que o filho foi espancado por sete colegas.

O jovem, segundo ela, sofreu tapas e pontapés por duas ocasiões em um mesmo dia, em um dos banheiros da escola e em uma “sala de cinema”. De acordo com Tatiane, ataques constantes ocorrem em um banheiro na unidade.

“O sentimento é de revolta e medo”, disse Tatiane ao G1. “Esse banheiro é perigosíssimo. Todas as brigas são resolvidas lá, pois não tem câmera. Eles esperam o aluno que querem fazer bullying entrar e, então, atacam em bando. São sempre os mesmos”, complementou.

Carlos Teixeira morreu após sofrer bullying

O caso vem à tona após Carlos Teixeira, de 13 anos, que era estudante da mesma escola, morrer após sofrer três paradas cardiorrespiratórias. Na declaração de óbito realizada pelo Instituto Médico Legal (IML), constou como causa da morte uma broncopneumonia bilateral.

O caso foi registrado na Polícia Civil e segue em investigação. Informações preliminares dão conta de que o quadro pode ter sido causado por trauma, como uma fratura ou um esmagamento da vértebra. O atestado de óbito, que apontará se a morte foi causada em decorrência das agressões, leva de um a três meses para ficar pronto.

A morte de Carlos Teixeira ocorreu na última terça-feira (16) na Santa Casa de Santos. O jovem havia sofrido o ataque na unidade escolar no último dia 9. Julisses Fleming, pai do jovem, suspeita que a morte tenha ocorrido em decorrência da agressão, desde quando o jovem apresentava dores ao respirar.

Fleming afirmou que o aluno sofria bullying desde fevereiro e que procurou a escola em todas as agressões, porém nenhuma providência foi tomada. Vídeos que foram divulgados nas redes sociais mostram os alunos pulando sobre as costas de Carlos em um banheiro da unidade e ainda tentando enforcar o jovem em meio a gritos e risadas.

Procurada, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo respondeu em nota que, sobre a morte de Carlos Teixeira, a “equipe do 1º DP de Praia Grande realiza diligências dos fatos para esclarecer o caso, registrado como morte suspeita, com apoio da Diretoria de Ensino de São Vicente”. Além disso, afirmou que “lamenta profundamente o falecimento do estudante e abriu uma apuração preliminar interna do caso. Uma equipe do Conviva, incluindo psicólogo, foi colocada à disposição da escola para acolhimento e orientações aos estudantes e comunidade.”

Já sobre a denúncia da mãe Tatiane Boeno, a Diretoria de Ensino de São Vicente afirmou “que não foi identificada nenhuma ocorrência de violência envolvendo o aluno mencionado” e que “não houve registro de reclamação por parte de responsáveis pelo estudante no mesmo período.” A secretaria de Educação afirmou ainda que “sempre que um caso de violência ou bullying é identificado nas unidades de ensino da rede estadual, a equipe gestora aciona os responsáveis e a rede protetiva que inclui Ronda Escolar e Conselho Tutelar, quando necessário, além do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva-SP).”


Por: Luisa Purchio – 22/04/2024


Bullying

Após morte de jovem autista, Mitoso chama atenção para medidas contra o bullying nas escolas

Parlamentar defendeu abordagem abrangente sobre o tema com a participação de setores da sociedade

Parlamentar é autor de duas leis que tratam sobre o combate ao bullying nas escolas. (Foto: Mauro Pereira)

Durante Sessão Plenária desta segunda-feira (22/04), o vereador Mitoso (MDB) destacou a necessidade de medidas eficazes para combater o bullying. Segundo Mitoso, a discussão deve ser ampliada após a tragédia envolvendo um jovem autista em São Paulo.

De acordo com o parlamentar, é necessária uma abordagem que inclua ações educativas, políticas públicas eficazes e o envolvimento de toda a comunidade na prevenção e combate ao bullying. O vereador também fez um apelo à sociedade em geral.

“Somente através de uma abordagem abrangente e do compromisso de todos os setores da sociedade podemos criar um ambiente onde cada criança se sinta segura, respeitada e valorizada”, disse Mitoso.

Mitoso também destacou a importância de uma maior conscientização e educação sobre o bullying, tanto dentro quanto fora das escolas. O parlamentar ressaltou que é fundamental que as crianças, pais, professores e toda a comunidade estejam cientes dos sinais de bullying e saibam como agir diante da situação.

Leis – Mitoso afirma que é um defensor dos direitos das crianças e jovens, mencionando leis que propôs para combater o problema, entre elas a Lei Municipal de Combate ao Bullying Escolar, que estabelece o dia 1º de março como o Dia Municipal de Combate ao Bullying em Manaus. Além disso, ele cita a lei que institui o “Março Laranja” como mês de prevenção ao bullying escolar na cidade de Manaus.


Manaus 22 de abril de 2024

AutismoBullyingPolítica

Projeto amplia ações de combate ao bullying nas escolas municipais

O combate ao bullying ganha reforço com ações estratégicas nas escolas da rede municipal de Vila Velha. Com o lançamento da campanha “Extraordinário é viver sem bullying”, como parte da agenda pedagógica do ano letivo 2024, a Secretaria de Educação da Prefeitura de Vila Velha (Semed) está promovendo uma série de atividades para reforçar o respeito à diversidade e valorizá-la, propiciando um ambiente escolar cada vez mais positivo, respeitoso e seguro.
 
Durante esta semana, estão programados encontros quarta (24) e sexta-feira (26), para alunos do turno vespertino, respectivamente na UMEF Joffre Fraga, localizada em Vale Encantado, e na UMEI Diretora Belycarlla Rodrigues Juniar, em São Conrado.
 
A iniciativa contempla dinâmicas de grupo, exercícios de técnicas de atenção plena, rodas de conversa, palestras, círculos de paz, sensibilização por meio de filmes, livros e outros recursos pedagógicos, com abordagens específicas adequadas à cada faixa etária e nível de ensino, contemplando a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e a Educação de Jovens e Adultos (EJA).
 
De acordo com a secretária de Educação de Vila Velha, Tatiana de Castro Nogueira, com esse projeto em rede, o combate ao bullying ganha uma dimensão institucional, articulada e obrigatória em todas as escolas municipais, com toda a orientação e suporte da Semed.
 
“Esse projeto é um passo decisivo no enfrentamento ao bullying na rede municipal. Começamos com a sensibilização das equipes pedagógicas e produzimos um material orientador com a proposições de inúmeras ações. Todas as 114 escolas de Vila Velha trabalharão o tema ao longo do ano”, enfatizou.

—————–


Texto: 
Laiz Fidalgo

Foto: Assessoria

BullyingDestaqueEscolas

Cresce número de notificações sobre bullying nas escolas

Aproximadamente 6,7 milhões de estudantes sofreram algum tipo de violência na escola no último ano

Antes, a Lei 13.185, de 2015, que instituiu o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, previa a figura do bullying, mas não estabelecia punição específica – Divulgação

Do Portal Verdade

7 de abril é Dia Nacional de Combate ao Bullying e à Violência na Escola. A data instituída pela Lei 13.277, em 2016, lembra o “massacre do Realengo”.

Cinco anos antes, em 2011, um ex-estudante da Escola Municipal Tasso da Silveira, localizada no município do Rio de Janeiro, retornou ao colégio armado com dois revólveres e disparou aleatoriamente contra os alunos.

Foram contabilizados 22 feridos, com idades entre 13 e 15 anos. Entre eles, 12 mortes. Em carta deixada pelo atirador, então com 23 anos, ele relata bullying sofrido à época em que frequentava a escola.

E os dados continuam alarmantes. Levantamento do DataSenado aponta que cerca de 6,7 milhões de estudantes sofreram algum tipo de violência na escola no último ano – o número representa 11% dos quase 60 milhões de estudantes matriculados no país. Considerando registros em cartórios, foram identificadas mais de 121 mil notificações em 2023.

Paraná acima da média

Já informações do Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023, observaram que a percepção sobre a incidência de casos de violência por professores e diretores no cotidiano das escolas também aumentou (37,6%).

No Paraná, o percentual de escolas com registros de bullying, ameaças ou ofensas verbais foi de 47,3%. O índice ficou 10% acima da média nacional.

A pedagoga Jaqueline Kelly Bueno da Silva reforça que o enfrentamento de casos de bullying requer o desenvolvimento de ações formativas com todos os sujeitos participantes do processo de ensino aprendizagem, afastando-se, portanto, de visões “policialescas” sobre o tema.

“Com o aumento de ataque às escolas no país é comum, as pessoas associarem o combate à violência com medidas mais autoritárias e imediatistas como a inclusão de policiais dentro das instituições. Este medo é legítimo, porém, o que vemos é que a médio e longo prazo elas não resolvem o problema. É urgente que haja investimento na criação de políticas e programas que visem conscientizar todo o corpo docente, de funcionários, estudantes sobre as consequências da intimidação e demais violências na vida dos alunos, que tendem a ser duradouras, inclusive”, alerta.

“Para que haja a efetiva aprendizagem, a escola precisa ser um espaço de acolhimento e segurança. Diversas pesquisas apontam para os efeitos que as violências têm na trajetória escolar, destacando que o abandono dos estudos podem ter como motivação esta tentativa de fugir do constrangimento”, acrescenta.

Nova lei tipifica crimes

Em janeiro deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou Lei nº 14.811, que estabelece medidas para reforçar a proteção de crianças e adolescentes contra a violência, principalmente, nos ambientes educacionais.

A regulamentação institui a Política Nacional de Prevenção e Combate ao Abuso e Exploração Sexual da Criança e do Adolescente e promove alterações significativas no Código Penal, na Lei dos Crimes Hediondos e no Estatuto da Criança e do Adolescente, criminalizando, por exemplo, as práticas de bullying e cyberbullying.

A norma inclui a tipificação das duas práticas no Código Penal. Bullying é definido como “intimidar sistematicamente, individualmente ou em grupo, mediante violência física ou psicológica, uma ou mais pessoas, de modo intencional e repetitivo, sem motivação evidente, por meio de atos de intimidação, de humilhação ou de discriminação, ou de ações verbais, morais, sexuais, sociais, psicológicas, físicas, materiais ou virtuais”. A pena é de multa, se a conduta não constituir crime mais grave.

Já o cyberbullying é classificado como intimidação sistemática por meio virtual. Se for realizado por meio da internet, rede social, aplicativos, jogos on-line ou transmitida em tempo real, a pena será de reclusão de dois a quatro anos, e multa, se a conduta não constituir crime mais grave.

Antes, a Lei 13.185, de 2015, que instituiu o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, previa a figura do bullying, mas não estabelecia punição específica para esse tipo de conduta, apenas obrigava escolas, clubes e agremiações recreativas a assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e constrangimento repetitivo.

Edição: Pedro Carrano

BullyingDestaqueEscolas

Uma em cada seis crianças são vítimas de cyberbullying, revela estudo da OMS

Número de casos de bullying escolar permanece estável ​​desde 2018, mas a prática nos ambientes virtuais aumentou

O segundo volume do estudo Health Behavior in School-aged Children (HBSC), em tradução livre, “Comportamento Saudável em Crianças em Idade Escolar”, da Organização Mundial da Saúde (OMS) na Europa, revela que 15% dos adolescentes (cerca de 1 em cada 6) sofreram cyberbullying. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (27).

O estudo investiga os padrões de bullying e violência entre crianças e adolescentes em 44 países e regiões. Embora as tendências gerais do bullying escolar tenham permanecido estáveis ​​desde 2018, o cyberbullying aumentou, intensificado pelo crescimento de jovens com acesso às tecnologias. Dos adolescentes consultados, 15% dos que relataram já sofrer com bullying eram meninos e 16% eram meninas.

Em relação às denúncias, cerca de 12% (1 em cada 8) dos adolescentes consultados relatam cyberbullying contra outras pessoas. Os meninos (14%) são mais propensos a denunciar o cyberbullying do que as meninas (9%). Brigas físicas foram vivenciadas por 1 a cada 10 adolescentes, a maior parte deles eram meninos (14%) e 6% eram meninas.

“O mundo digital, ao mesmo tempo que oferece oportunidades incríveis de aprendizagem e conexão, também amplifica desafios como o cyberbullying. Isto exige estratégias abrangentes para proteger o bem-estar mental e emocional dos nossos jovens. É crucial que os governos, as escolas e as famílias colaborem na abordagem dos riscos online, garantindo que os adolescentes tenham ambientes seguros e de apoio onde possam prosperar”, enfatizou a Dra. Joanna Inchley, Coordenadora Internacional do estudo HBSC.

“Este relatório é um alerta para todos nós denunciarmos o bullying e a violência, quando e onde quer que aconteçam”, afirmou o Dr. Hans Henri P. Kluge, Diretor Regional da OMS para a Europa”.

Para Kluge, tomar medidas para proteger as crianças é uma questão de saúde e de direitos humanos. “Mesmo pequenas mudanças nas taxas de bullying e violência podem ter implicações profundas para a saúde e o bem-estar de milhares de pessoas. Da automutilação ao suicídio, vimos como o cyberbullying em todas as suas formas pode devastar a vida de jovens e suas famílias”, alertou.

DestaqueMundoNotíciasVirtual

Prefeitura da Capital cria grupo de combate ao Bullying e Cyberbullying em escolas

A Secretaria de Educação de Florianópolis instituiu um Grupo de Trabalho (GT) de Combate ao Bullying e Cyberbullying na rede municipal de ensino. Composto por diversos setores da sociedade, o grupo irá estudar, discutir e elaborar uma política municipal de enfrentamento e prevenção dessas violências.

Uma reunião foi realizada ontem, 27, na sede da Secretaria de Educação, com representantes do Ministério Público de Santa Catarina, Conselhos Tutelares, Polícia Civil, Conselho Municipal de Educação, Conselho Municipal dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes e do Programa Saúde do Escolar.

Por parte da SME, estiveram presentes membros da Diretoria de Educação Fundamental, Diretoria de Educação Infantil, Gerência de Educação Especial, Núcleo de Atenção Psicossocial da Educação e diretores de unidades educativas.

Bullying é a violência física ou psicológica reiterada, praticada por uma pessoa ou por várias, com a intenção de intimidar, agredir ou humilhar a vítima, causando dores, sofrimento, desequilibro, angustia, entre outros danos. É uma das formas de violência que mais cresce no mundo e pode acontecer em qualquer contexto social, como escolas, universidades, famílias, entre vizinhos e em locais de trabalho.

O Cyberbullying ultrapassa qualquer fronteira física, tirando da vítima qualquer possibilidade de escapar dos ataques, que acontecem o tempo todo por meio, principalmente, das redes sociais e dos aplicativos de mensagens.

O Grupo de Trabalho orientará decisões e ações políticas da Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis, das unidades educativas e instituições parceiras. Caberá ao GT também atuar diretamente na formação de docentes e equipes pedagógicas, construindo campanhas de educação, conscientização e informação e instituindo práticas de conduta e orientação de pais, familiares e responsáveis diante da identificação de vítimas e agressores.

Elaborará diagnóstico sobre os episódios de bullying e cyberbullying em unidades educativas, de modo a mapear demandas e necessidades nas comunidades escolares e alternativas para o enfrentamento do fenômeno.

A Secretaria de Educação convidará outros setores da sociedade para compor o Grupo de Trabalho.

*As informações são da Prefeitura Municipal de Florianópolis

BullyingEscolasPrefeitura