sábado, abril 20, 2024

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Tradicional escola de Brasília, colégio Galois, é acusada de acobertar racismo em jogo de futebol de alunos

Visitantes teriam sofrido injuria racial e preconceito social durante partida na casa do adversário, em torneio interescolar

Colégio Galois, um dos mais tradicionais da capital federal, é acusado de acobertar um caso de racismo que teria ocorrido em um jogo de futebol de salão durante um torneio interescolar. A Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima enviou uma nota de repúdio ao colégio que sediou a partida, na qual alega que “nenhuma providência efetiva e adequada foi adotada” pela direção.

“Macaco”, “filho de empregada” e “pobrinho”

“Durante a partida, os alunos-atletas da Escola Fátima foram vítimas de preconceito social e injuria racial. Na ocasião, os alunos do Colégio Galois proferiram diversas palavras ofensivas aos alunos da Escola Fátima, tais como ‘macaco’, ‘filho de empregada’, ‘pobrinho’, tornando o ambiente inóspito e deixando nossos alunos abalados”, diz a nota, assinada pela diretora-geral, Inês Alves Lourenço.

Conivência

“Vale salientar que, embora tivessem diversos responsáveis no local, nenhuma providência efetiva e adequada foi adotada pelos prepostos do Colégio Galois que estavam presentes nas instalações do ginásio”, segue a nota.

“Os alunos ‘agressores’ se encontravam, em sua maioria, uniformizados, ou seja, estavam sob a guarda e a responsabilidade do colégio, que, neste caso, mostrou-se conivente com a situação humilhante e vexatória vivida pelos alunos da Escola Fátima”, acrescentou a diretora.

“Registra-se que a falta de intervenção eficaz por parte dos responsáveis presentes no evento e dos juízes da partida, durante o incidente, é igualmente preocupante. A omissão diante de tais comportamentos envia uma mensagem perigosa de convivência e tolerância com atitudes discriminatórias”, concluiu Inês, anunciando que levaria o caso “à coordenação da “Liga das Escolas”, bem como à delegacia competente”.

A nota é datada de 10 de abril e se refere a uma partida realizada no dia 3 de abril.

O que disse o Galois

Em resposta divulgada nesta sexta-feira (12), o Colégio Galois declarou que “foi com extrema preocupação” que tomou conhecimento dos “fatos expressos na carta de repúdio”. O diretor pedagógico, Angel Anders, que assina o documento, classificou o caso como “de extrema seriedade” e que necessita “de uma intervenção imediata por parte do colégio”.

“Primeiramente, queremos reafirmar que os valores que nos guiam refutam veementemente qualquer forma de comportamento preconceituoso. Nossos pilares se baseiam no respeito à diversidade e na promoção da inclusão”, disse o diretor.

Investigação Interna

“Não estamos, de forma alguma, inertes ao ocorrido. Muito pelo contrário. Já iniciamos uma investigação interna rigorosa e estamos comprometidos em não apenas a identificar os envolvidos, mas também a aplicar medidas disciplinares e ampliar, ainda mais, ações educativas necessárias pertinentes”, acrescentou Anders. O diretor afirmou que a escola se solidariza com os alunos “que se sentiram ofendidos e magoados” e que o ocorrido “manchou o espírito de amizade e respeito que deve prevalecer em eventos educacionais e esportivos.”

“Desta maneira, nos colocamos à disposição, não apenas a colaborar com os supostamente envolvidos, mas também com a Escola Franciscana Nossa Senhora de Fátima e, se necessário, com eventuais autoridades, para desenvolver iniciativas conjuntas que possam beneficiar ambas as comunidades escolares”, declarou o diretor.

Boletim de Ocorrência

De acordo com um professor da Escola Fátima, os pais dos alunos supostamente agredidos deixaram nas mãos da direção a adoção das medidas cabíveis. O professor afirmou que direção chegou a ir à delegacia da região a fim de registrar o boletim de ocorrência, mas foi orientada pelo delegado a ir à Delegacia da Criança e do Adolescente.

Ainda segundo o professor, esse registro na delegacia especializada acabou não sendo feito, pois a escola decidiu, pelo menos por enquanto, priorizar uma solução pacífica para o conflito.

DestaqueEsportes

Menino que matou colega de escola na Finlândia era “vítima de bullying”

Finlândia declarou nesta quarta-feira um dia de luto, com prédios públicos e instituições hasteando suas bandeiras a meio mastro em homenagem às vítimas.

O menino de 12 anos que supostamente matou na terça-feira (2) um colega de classe e feriu gravemente outros dois em uma escola de ensino fundamental da Finlândia justificou seu ato pelo “bullying” que sofria, informou a polícia nesta quarta-feira (3).

“O suspeito declarou à polícia durante seu interrogatório que havia sido vítima de bullying, o que foi confirmado por uma investigação preliminar”, disse a polícia em comunicado, acrescentando que o menor era novo na instituição.

Armado com um revólver que pertencia a um familiar, o menino abriu fogo na manhã de terça-feira em sua escola em Vantaa, ao norte da capital finlandesa. Ele matou um aluno da mesma idade que estava em sua classe e feriu gravemente duas meninas, uma de nacionalidade finlandesa e outra de dupla nacionalidade finlandesa-kosovar.

O suspeito não será preso devido à sua faixa etária, mas será entregue aos serviços sociais, afirmou a mesma fonte.

A Finlândia declarou nesta quarta-feira um dia de luto, com prédios públicos e instituições hasteando suas bandeiras a meio mastro em homenagem às vítimas.

Fora da escola, várias pessoas desafiaram o frio e a neve para depositar flores, velas e pelúcias, relatou um jornalista da AFP.


Por AFP
03/04/24 às 12H12 

Mundo

Empresa americana oferece ajuda gratuita a vítimas de cyberbullying

Com o objetivo de combater a violência virtual, ou o “cyberbullying”, dentro do Brasil, uma empresa de Miami está oferecendo ajuda gratuita às vítimas mensalmente. Na prática, a ação visa, quando possível, limpar o conteúdo falso sobre a vítima da web e disseminar blogs, sites e perfis de mídia social com amplo conteúdo positivo sobre o nome dos atingidos.

De acordo com o brasileiro Fernando Azevedo, CEO da empresa americana Y-Bus, todos os meses pelo menos uma dúzia de ligações de pessoas desesperadas são recebidas pela equipe. A maior parte das vítimas do bullying digital são crianças entre 11 e 13 anos, e, geralmente as ligações partem dos pais das vítimas.

Desta forma, a empresa, que é especializada em tecnologia web, incluindo Apps, E-Commerce, SEO, reputação online e Social Media Marketing, criou um programa que vai ajudar a quem está sendo vítima de acusações e difamações nas redes sociais. Uma vítima será escolhida mensalmente para que a empresa ofereça toda a estrutura para ajudar as famílias, crianças e adolescente.

A intenção é primeiro retirar da web todas as informações, fotos, notícias e acusações falsas sobre a vítima. Porém, a tarefa não é tão simples, já que depende do auxílio de administradores de páginas, redes sociais e sites. Sendo assim, a Y-Bus irá criar blogs, sites e perfis com conteúdo positivo sobre as vítimas, com o objetivo de fazer com que essa informação apareça primeiro nos resultados das buscas na internet, “empurrando” para baixo os locais com material maldoso e calunioso.

Orientação

Uma dica importante dada pela Y-Bus a quem está sendo vítima de algum ataque virtual é não comentar ou fazer qualquer clique sobre a postagem. O motivo é simples: o Facebook e outras redes sociais escolhem os conteúdos que vão compartilhar de acordo com a receptividade que aquele conteúdo teve. Desta forma, a solução é ignorar e realizar apenas a denúncia da postagem que está promovendo o ataque.

As vítimas interessadas na ajuda devem entrar no site e preencher um formulário. Todos serão analisados e um será selecionado por mês para receber a ajuda gratuita.

Informações Assessoria de Imprensa

DestaqueNotícias

Campanha da Unicef faz alerta contra cyberbullying

A Unicef apresenta uma campanha impressa que visa mostrar o quanto o cyberbullying prejudica sua vítima e pode ser a principal causa da depressão e até do suicídio entre crianças e jovens.

“Se você tem um smartphone, use-o sabiamente, não mate a autoestima de ninguém”. Esse é o slogan de uma nova campanha promovida pela Unicef contra o cyberbullying.

Uma série de anúncios com imagens fortes e em preto e branco mostram crianças apontando agressivamente o celular para o “diferente” da turma.

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Os anúncios ainda trazem um dado que assusta: o cyberbullying é uma das maiores causas de depressão e suicídio entre crianças nas escolas.

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A ideia da campanha, criada pela agência de publicidade chilena Prolam Young & Rubicam, é chamar a atenção para o problema.

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As peças trazem grupos de adolescentes, munidos de seus smartphones, em torno de suas vítimas, prontos para fotografá-las. A criação é da agência chilena Prolam Y&R.

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